O reino que parecia loucura



Ser rei é ter todo poder e autoridade. É ter beleza e muito, mas muito dinheiro mesmo e pessoas para satisfazer cada uma das suas vontades, por mais loucas e desnecessárias que sejam.

E quem é o reino deste rei? São as pessoas mais elegantes, saudáveis, populares e bem vistas da sociedade. Não é qualquer um. Alguém que pertença a este reino jamais passaria despercebido numa rua movimentada.

Essa era a visão que todos tinham de rei e reinado até um cara aparecer e dizer que tudo isso estava errado. Até um cara chegar e mostrar um reino diferente, até ele ousar dizer que é o rei deste sistema de reinado que parece ser o oposto de tudo que você acabou de ler.

JESUS.
Era um rei sem vestes caras e exuberantes.
A sua única coroa foi uma que ele ganhou antes de morrer... Que era de cravejada de espinhos.
O seu tesouro não estava num cofre e nem era visto em sua casa ou em seu corpo. Ele dizia que o seu tesouro estava em algum lugar acima das nuvens.

Os seus seguidores, o seu reino, não era feito por sábios, estudiosos e ricaços... Era feito de pobres, rejeitados e excluídos. Era formado exatamente pelas pessoas que não faziam parte do “verdadeiro” reinado.

A sua entrada triunfal não foi acompanhada de músicos, dançarinos e muita comida. Ela foi feita com pessoas segurando ramos de folhas enquanto ele entrava sentado num jumentinho.

Olhando dessa forma não é difícil entender porque odiaram Jesus. Ele pregava o oposto de tudo! Ele fazia uma revolução que era difícil de acreditar. Era algo inacessível e complicado aos estudiosos e de alguma forma simples o suficiente para que um cego entendesse. Ele usava coisas loucas para confundir as coisas sãs.

Se um dia eu fosse tentar fazer parte do “verdadeiro” reino, acho que jamais conseguiria. Já errei muito, já me misturei muito com pessoas sem prestígio algum. Acho que eu nem teria algo a altura para oferecer a eles. Mesmo assim fui convidado a participar de um reino... O de Jesus.

Lá eu fui aceito. Jesus nem me conhecia (isso era o que eu pensava) e foi de cara jantar na minha casa. Fala sério! Para um rei “de verdade” isso é inaceitável. Mas Jesus não é qualquer rei e definitivamente não é o rei que queriam que ele fosse. Não mesmo.

Ele foi diferente, na contra mão, avançou os sinais vermelhos, pulou por cima dos limites e foi além de qualquer um. Ele não conquistou uma multidão porque tinha algo para oferecer nesta terra, mas conquistou porque mostrou que a vida é muito mais do que nos oferecem.

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