1 comentarios

Escolher o melhor não é tão fácil

Meu pastor me perguntou algo há vários meses atrás: Se Deus pudesse fazer qualquer coisa para você agora, o que você pediria?

Acho que a minha resposta escandalizou um pouco ele quando disse que gostaria de saber como a minha vida seria daqui a 5 anos. E hoje, meses após ter dito isso, esse assunto volta a ser o tema dos meus dias.

É como a Nani disse ontem no discipulado: às vezes gostaríamos que Deus tomasse as decisões em nosso lugar. Que coisa irônica não é? Vivemos declarando independência, liberdade... Mas no fundo do nosso coração ouvimos uma voz bem baixinha dizendo: Tenho medo de escolher. Escolha por mim.

O fato é que Deus não nos obriga a nada. Ele tem o melhor para a nossa vida, mas somos nós que escolhemos receber esse melhor ou não. E acredite: escolher o melhor não é tão fácil quanto eu gostaria.

2 comentarios

Fora do ritmo

A Igreja é um lugar engraçado. Literalmente engraçado.
Bem, pelo menos a minha Igreja é. E eu me divirto.

Na semana passada o pastor “modernizou” a pregação sobre o Espírito Santo com uma dinâmica simples (e manjada) envolvendo um copo dágua e uma jarra simbolizando o derramar do Espírito. Pronto! Isso foi motivo para eu ouvir uns 100 glórias a Deus ao mesmo tempo de emoção da galera que estava vendo.

Já, num outro dia, no Culto de Missões, o líder apresentou uma peça inovadora de tão tradicional que era sobre a crucificação de Jesus e ao invés de utilizar efeitos sonoros feitos no computador preferiu agachar perto do púlpito e emitir o som de cada chibatada no microfone, ali na frente de todo mundo.

E ontem, no culto mais uma pessoa me chamou a atenção: uma mulher de cabelos cacheados enormes, com uns 40 anos, que dançava de uma forma totalmente diferente. Eu estava sentado na galeria e quando olhava para baixo só conseguia reparar nela.

Enquanto uns apenas batiam palmas ela conseguia ir totalmente fora do ritmo dançando e adorando de verdade de uma maneira simples e sincera. Isso foi o suficiente para que em cada 10 minutos eu desse “uma conferida” nela pra ver o que ela estava fazendo.

Depois, quando cheguei em casa, fiquei pensando nela e na sua adoração um tanto quanto esquisita... Às vezes precisamos ficar fora do ritmo.

Os dias vão passando e nós pegamos tantas manias que nos impedem de oferecer algo novo pra Deus. É como quando alguém vai orar e todos instintivamente dão as mãos ou quando na hora das orações no culto fechamos os olhos. Isso não é algo obrigatório (ou não deveria ser).

Deus gosta de coisas novas e sabe que nós gostamos de tradição e talvez seja por isso que eu venha sendo tão desafiado a abrir mãos de algumas tarefas na Igreja, de alguns ministérios que vem sendo tão importantes pra mim.

Há tanta coisa nova para se experimentar, não podemos deixar que nossas tradições antigas e falsamente embasadas nos impeçam disso.

3 comentarios

Cospe girl e viva la vida!


Junho, julho, agosto... O período de seca das séries é um saco! Ainda mais depois da greve! Sinto saudades de Private Practice, 30 Rock e do grande discípulo do Chuck Norris – Jack Bauer (eu terminei à sexta temporada há 2 meses). Como era bom fazer o meu próprio primetime no computador de casa sempre com uma seqüência incrível de ótimas séries.

Ainda bem que guardei algumas séries já antecipando esse tédio que viria. Atualmente estou próximo do fim das temporadas de Gossip Girl (que só melhora) e CHUCK e também comecei a assistir Big Bang Theory (eles me fazem sentir normal) e à segunda temporada de How i met your mother que é simplesmente a melhor comédia da atualidade.

Vale a pena também citar que o nosso querido canal do Tio Sílvio também está trazendo várias séries para sua programação como Greys Anatomy e Gossip Girl que teve seu título (porcamente) traduzido para A garota do blog. Tenho pena de quem acompanha pela tv aberta.

E pra finalizar este post quero oficializar minha admiração pelo novo cd do Coldplay (ohhhhhhhhhhhhh, uma banda secular!), Viva la Vida. Que isso! Os caras arrasaram! Eu aproveitei e consegui também os últimos cds e não consigo parar de ouvir. Qualidade, letra, instrumental… um pacote perfeito que é marca registrada em cada cd.

Nos vemos na segunda.
:)

4 comentarios

Às vezes desisto de blogar

Estive naqueles dias em que desisti de blogar, de escrever posts, de ler blogs... Em que me excluí literalmente. Eu cheguei a pensar em deixar tudo isso de lado, mas acho que foi um transtorno de idade, já que completei 20 anos nessa semana.

O lance é que as coisas estão ficando mais simples e complicadas e eu pareço não encontrar o meio termo para isso. Lembro da época em que um blog era simples, compacto e até mesmo feio. Não por falta de criatividade, mas porque o único objetivo dele era contar a vida de um cara que nós provavelmente não conheceríamos se ele não tivesse um blog. Eu comecei a escrever um quando tinha apenas 14 anos e desde então já se passaram 6 longos anos.

Hoje um blog é quase um site, uma comunidade! Existem os posts pagos, os comentários diferenciados sobre entretenimento... Se antes o principal objetivo era contar a sua vida, hoje é contar sobre tudo para todos! É muita coisa!

Liberdade pra escrever? Isso é coisa do passado. Na verdade passo mais tempo pensando em que  posts irão agradar ou despertar a atenção de quem lê do que na verdade quero escrever.

E pra onde vamos agora?
Eu não conseguiria parar de blogar. É um hábito (às vezes saudável) que me ajuda a colocar em palavras o que tenho vivido. É útil (pra poucos) e uma ótima forma de cravar minhas memórias. Então, não foi dessa vez que parei. Troquei o visual, dei um gás e estou prosseguindo.

Até mais!

2 comentarios

Não preciso de grandes revelações pentecostais

Ontem, no ensaio do teatro, tive que liderar toda galera e ainda prepara-los para uma apresentação no próximo sábado em nossa cidade. Eu comecei a ver quem deveria apresentar, quem ainda precisa ensaiar mais e notei que havia um pré-adolescente no meio deles, que há um mês freqüenta os ensaios.

Ele sempre estava correndo pra lá e pra cá e o máximo que consegui falar com ele nesse tempo todo foi: Fique quieto! Para de correr!

Foi então que percebi que nunca falei com ele de verdade e muito menos procurei saber quem ele era. Aí, fui procurar a responsável por ele e me surpreendi quando ela me disse que ele era o único cristão da sua família e que desde que ele começou a freqüentar os ensaios a sua vida tem mudado. Suas notas que sempre eram vermelhas começaram a aumentar e seu comportamento também já não era o mesmo.

É incrível como algo que se tornou tão normal para mim esteja sendo tão transformador para alguém. Como eu às vezes tento liderar pessoas e não tento me relacionar com elas e isso fez toda diferença ontem.

No final do ensaio, ele estava chorando num canto e não queria conversar com ninguém, então o abracei, conversei com ele e entendi que o seu comportamento era tão agitado porque ele queria chamar a atenção, ele se sentia excluído.

Eu saí deste ensaio pensativo e ao mesmo tempo grato por ter aprendido algo novo. Pastorear vidas é algo maravilhoso e para saber nosso chamado não precisamos de grandes revelações ao melhor estilo pentecostal, basta estar pronto para ouvir Deus nos momentos mais simples e aparentemente insignificantes para nós.

1 comentarios

Abertura da Conferência Vamos Salvar o Planeta

Im-per-dí-vel!

1 comentarios

Existe um segredo para o crescimento?

"E os que recebem a semente em boa terra são os que ouvem a palavra e a recebem, e dão fruto" (Marcos 4 : 20)

Existe um segredo para o crescimento? Uma fórmula talvez? Ou quem sabe um plano infalível?

Acredito que não.
O crescimento não se dá da noite para o dia, não acontece sem motivo. É como quando éramos crianças e plantávamos grãos de feijão no algodão e ficávamos lá, por vários minutos olhando e esperando ansiosamente o brotar da semente. Nós plantamos, regamos, deixamos no sol e então esperamos o crescimento vir.

Com o Diga ao Mundo não foi diferente. Nós criamos o projeto, oramos, organizamos, agimos e então o crescimento veio, mesmo quando nós não esperávamos por ele.

A Conferência Vamos Salvar o Planeta talvez seja a prova concreta disto. Queríamos crescer, expandir os horizontes e entendemos que precisávamos realizar algo realmente grande e que pudesse envolver a todos para que pudéssemos notar o crescimento.

Não foi fácil. Tinha dias em que a semente parecia não brotar, em que o sol estava quente demais e que parecia fazer as sementes borbulharem de calor... Mas o frescor sempre veio, como quando regamos uma semente. Nos momentos mais difíceis, quando parecia que o dinheiro não ia dar ou quando não encontrávamos uma equipe para ministrar, o Senhor sempre nos acalmava e nos direcionava para a sombra.

Ele é quem cuida de nós. É Ele quem traz o crescimento. Se existe um segredo?
Acredito que não. Uns plantam, outros regam e outros colhem.
Mas o crescimento é Ele quem traz.

0 comentarios

Como aproveitar o buzz na sua Igreja

Antes de começarmos, uma definição de buzz marketing:

Conforme Arthur D. Little, "trata-se de uma das novas estratégias de marketing que encoraja indivíduos da sociedade a repassar uma mensagem de marketing para outros, criando potencial para o crescimento exponencial tanto na exposição como na influência da mensagem. Como os vírus reais, tais estratégias aproveitam o fenômeno da rápida multiplicação para levar uma mensagem a milhares e até milhões de pessoas”.

Resumindo...
O buzz marketing aproveita toda a falação em volta de um assunto para se multiplicar.

Um exemplo ultra-mega-hiper-plus bacana é a série de sermões que a LifeChurch criou pegando carona na popularidade do retorno do Indiana Jones. Eles simplesmente recriaram vários cenários inspirados no filme na própria Igreja com direito a trailers e vários outros apetrechos que você confere aqui.


Entrada da Igreja

O resultado? Uma campanha forte que invade não só a Igreja física como a sua extensão pela internet tornando a série de sermões conhecida por todos e ainda atraindo a atenção de muitos outros graças às referências à fama do Sr. Jones.

No Brasil talvez seria pecado.
Não duvido. Muitas Igrejas ainda são fechadas no que diz respeito a pegar carona na mídia secular para promover eventos da própria Igreja, mas isso já é normal em muitos outros países.

É uma ótima estratégia que ajuda a tornar a imagem da Igreja (que geralmente é associada a tudo que é o oposto da mídia) em algo moderno e mutável. O apóstolo Paulo era assim. Ele sabia moldar a sua mensagem aos vários tipos de pessoas de forma que pudesse alcançar a muitos.

Em geral gosto de aproveitar o buzz nos meus trabalhos. De cara, quando alguém vê uma campanha baseada em um filme por exemplo começa a comentar com outras pessoas gerando um boca-boca muito positivo.

Mas tudo tem um lado negativo.
É preciso saber bem no que está buscando a sua inspiração. Em 2004, realizamos o Congresso Os Intocáveis pegando carona no filme Os Incríveis e utilizamos a logo deles em nossas camisas e cartazes. Resultado: tivemos que recolher tudo e refazer todas as artes para tirar a “logo demoníaca” da Disney que vários irmãos insistiram em pedir.

Um exemplo positivo.
Na minha Igreja aproveitei o tema Indiana para criar a arte da Festa da Arca. Eu quis fugir ao máximo de tudo que pudesse remeter às crianças, já que é uma balada para jovens e adolescentes... No fim, parece que deu certo.

3 comentarios

A diferença entre fazer por amor e por obrigação


É a nossa primeira Conferência.
Nosso primeiro grande evento.

Estamos trazendo cerca de 20 missionários da JOCUM.

Estamos fazendo uma divulgação em toda a cidade.


Quem está por trás disto? O Projeto Diga ao Mundo, com apenas 14 meses de existência...

... e essa é a semana da Conferência Vamos Salvar o Planeta, que também é a semana mais agitada do ano (sem dúvidas). Problemas de última hora, reuniões, mínimos detalhes, reuniões, ensaios, reuniões... Tudo para que este fim de semana seja um marco na história do Projeto, mas e aí? O que acontece depois?

Ainda não consegui projetar minha vida (estou exagerando um pouco) para depois do fim de semana. Tenho me dedicado ao máximo nos últimos meses cuidando de cada detalhe desde a programação à divulgação e confesso: não foi fácil. Em alguns momentos precisei ter mais fé do que tenho de costume, mas tudo isso foi essencial para a minha liderança e para o meu caráter.

Nesses dias de tanto planejamento aprendi a delegar tarefas (NÃO tem como fazer tudo sozinho), lidar com pessoas, exigir delas, resolver problemas, levar soluções... Tanta coisa que mesmo com toda essa pressão que está sobre nós posso dizer que estou tranqüilo. Nada disso é um fardo pra mim, um peso, mas alegria e satisfação.

Essa é a diferença entre fazer algo por obrigação e fazer algo por amor.
Poderia imaginar mil e um motivos para estar cansado e abatido, mas só consigo pensar no bem que tudo isso me fez.

7 comentarios

Aderi ao movimento "Odeio festa de crente"

Ok. Cheguei à minha cota, ao meu limite.
Vai ter festa de crente? Vou pensar duas vezes antes de ir.

É sempre a mesma coisa: os convidados (e vários penetras) chegam à festa para abençoar a irmãzinha (e por abençoar entenda comer muito) e aí acontece o louvor com a tradicional música – Por tudo o que tens feito... Por tudo que vais fazer... Te agradeço meu Senhoooooor...

O cronograma geralmente não muda e tem sempre o momento “Vou deixar um versículo para você meditar”. Pra você ter idéia, nas festas mais recentes que fui a festa mais parecia um culto com tudo o que tem direito (às vezes até apelo). Em algumas, o momento da palavra e oração durou quase uma hora!

O que aconteceu com aquelas festas onde havia diversão, bate papo, música boa... Tudo bem descontraído? Não é porque é festa de crente que tem que ser tão igrejês. Poxa, vamos nos divertir, rir, dançar e separar um tempo para orar junto de uma forma que não faça ninguém dormir.

Junte-se a causa!